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Espetáculo Cauri - corpo moeda

 

Este solo foi inicialmente criado em 2019 após o retorno do bailarino Luiz Anastácio de sua primeira visita ao Benim, financiada com apoio do Edital de Aprimoramento Técnico-Artístico do PROAC.

 

O Benim, antigo Reino de Daomé, é um país da África Ocidental que faz fronteira com Nigéria e Togo e de onde partiram muitas pessoas que foram sequestradas para serem trazidas como mão-de-obra para o regime escravista vigente. 

O tráfico transatlântico, a mercantilização e extermínio do corpo negro e os paralelos culturais entre Brasil e Benim se interconectam com a história do próprio artista neste solo, que foi apresentado na Casa de Cultura da Freguesia do Ó - Salvador Lingabue em Novembro, mês da Consciência Negra, de 2019.

Em 2020, a COVID-19 fez sua primeira vítima letal: Rosa Urbano, uma mulher negra e empregada doméstica que contraiu a doença de seus patrões recém-chegados da Europa. Assim como Rosa, muitas outras pessoas pretas tiveram que continuar trabalhando mesmo durante a pandemia, sem vacinas e com um alarmante número de óbitos crescendo em todo o país.

Em 2021, o solo é adaptado para a versão audiovisual e apresentado de forma online, contando para tanto com o financiamento da Lei Aldir Blanc. Foram ao total cinco apresentações em que a a pandemia e o chamado "isolamento social" foram debatidos a partir do recorte racial.

Por fim, em 2024, em uma nova viagem ao Benim, o solo é apresentado mais uma vez, agora sob a monumental Porta do Não-Retorno, em Uidá. Financiado pelo edital do Ministério da Cultura, Luiz Anastácio retorna ao continente africano e compartilha uma nova versão de seu solo, buscando estreitar relações culturais entre Brasil e Benim.

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Sobre o projeto
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