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O GRUPO

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Grupo Ewé em abril de 2023

 

Para ver o histórico de resultados do grupo, clique aqui.

O Grupo Ewé, desde 2011, promove e estrutura sua pesquisa em dança através de estímulos e disparadores acerca das culturas de matrizes africanas. Por se tratar de um grupo independente, o Ewé contou por anos com o auto financiamento interno em suas ações, na montagem e produção de espetáculos, seminários e workshops. A primeira exceção se deu em 2018 no projeto chamado "Cicatrizes", contemplado pela 26ª edição do Programa de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo. Desde então, o grupo obteve financiamentos da Lei Aldir Blanc, PROAC e 31ª edição do Fomento à dança.

 

Dirigido e coordenado pelo bailarino Luiz Anastácio, no grupo se pensa uma estrutura contemporânea a ser abarcada por outras formas e estéticas que não sejam o modo eurocêntrico de produzir. A Cia. vem fomentando atividades de formação nas linguagens de dança e artes negras, buscando promover a transdisciplinaridade e constituir um espaço de resistência, discussão, troca e pesquisa acerca da Cultura Negra em diálogo com a comunidade do entorno.

 

O grupo vem propondo discutir o lugar do corpo e da arte brasileira nos territórios de pertencimento, problematizando e gerando a descentralização das produções artísticas pautadas em um olhar eurocêntrico normativo. Este olhar faz com que materiais da cultura negra sejam desvalorizados e desconsiderados como episteme e como investigações acerca do corpo e da produção de conhecimento no cenário contemporâneo, sendo deslocados dos recintos abrangentes de representatividade, como por exemplo a da população negra, que representa 54% da população brasileira segundo dado do IBGE 2014.

 

O Grupo Ewé atua nesse campo desfavorável de problematizar assuntos que fazem parte da maioria da população brasileira na sua representatividade cultural, mas que ficam invisíveis na sua abrangência; garimpa espaços para legitimar a pesquisa sobre o corpo negro e questões que o engendram culturalmente, gerando problemáticas a serem discutidas nas produções culturais do Brasil. Com isso, buscamos mostrar que é possível, através da cultura de seu povo, estabelecer produção e pensamento de arte, além da estruturação de um corpo que pesquisa sobre o recorte da cultura de matrizes africanas.

 

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Apresentação do espetáculo "Da laje para garagem" no SESC Belenzinho, ago 2023.

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